Lançamento do álbum “Os maus são os que cá estão”

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Emanuel Casimiro & Os Farilhões da Berlenga lançaram o press release que se segue:

Depois de mais de 2 anos de preparação, é hoje (10 de Junho) lançado o CD “Os maus são os que cá estão” – o segundo trabalho, primeiro de longa duração, de Emanuel Casimiro & Os Farilhões da Berlenga – ficando nos próximos dias disponível nas principais plataformas de streaming e download de música.

A escolha do dia de Portugal para o lançamento deste trabalho não foi feita ao acaso. “Os maus são os que cá estão” pretende ser uma crítica, não só à forma como os portugueses têm sido mal governados e orientados nestas últimas décadas, mas sobretudo à sua inércia e aceitação em relação a esse facto. Tal fica bem patente logo nos 2 primeiros temas do álbum – “Os maus são os que cá estão” e “Quero ir para a Madeira”. Além destes e de outros temas inéditos, o CD inclui também novas versões das primeiras demos de Emanuel Casimiro, como são os casos de “O meu cabelo”, “ZX Spectrum”, ou “A Natasha não limpa nada”.

Com ilustração de João Ferreira e do projecto Tá capa capa, o álbum que é completamente interpretado por Emanuel Casimiro, conta com vários convidados que lhe emprestaram a voz.

O videoclip do primeiro tema do álbum – “Quero ir para a Madeira” – já rola no youtube.
https://youtu.be/RhHF71keKIQ

Links:

Site Oficial:
http://emanuelcasimiro.blogspot.pt/

Canal no Youtube:
https://www.youtube.com/c/emanuelcasimiro

Página de Facebook:
https://www.facebook.com/emanuel.casimiro.pt

Entrevista – Rivers of Nihil

10258141_10153521130999317_5702017151768160210_nA Metal Blade não é estanha a apostar em novos nomes e estilos e um excelente exemplo disso são os Rivers of Nihil, que já contam com dois álbuns com a emblemática editora. Em conversa com o vocalista Jake Dieffenbach e os demais membros do coletivo ficámos a saber o que tem vindo a evoluir no processo de criação da banda. (VER TAMBÉM: Crítica: Rivers Of Nihil “Monarchy”)

Entrevista:

Sons Subterrâneos – Uma das primeiras coisas que me apelou na vossa banda foi o nome. Qual é suposto ser o significado de Rivers of Nihil?

Rivers of Nihil – Bem, quando originalmente inventámos o nome a nossa intenção era que tivesse um ‘feel’ ameaçador à primeira vista, mas que depois de analisadas as palavras à procura de uma definição, “Rivers of Nihil” significa um processo de lidar com a comndição humana, e aquilo que o ou a rodeia.

Sons Suberrâneos – Eu categorizo o vosso estilo algures entre o Death-Core e Death Metal. Concordam com esta categorização?

Rivers of Nihil – Pessoalmente acho que dar etiquetas aos géneros pode tirar a pica à coisa por assim dizer, quando ouvimos alfo a primeira vez sem noções predeterminadas daquilo a que possa soar. Mas se tivesse de comprimir o nosso som numa categoria e género diria que somos uma banda de Death Metal Progressivo.

Sons Subterrâneos – O estilo da banda também parece tornar-se mais atmosférico com a passagem do tempo, isto é intencional?

Rivers of Nihil – Tipo talvez? Quer dizer, definitivamente não foi por acidente, nós gostamos de adicionar camadas às nossas canções para lhes dar um estilo mais orquestral. Mas se fez parte do nosso plano tornar as coisas mais e mais atmosféricas? Não, nem por isso. Foi simplesmente a direção em que acabámos por nos mover.

Sons Subterrâneos – As vossas letras são fascinantes e adicionam algo à técnica demonstrada pelos instrumentos. Onde vão buscar a inspiração para as escrever?

Rivers of Nihil – Muitas das vezes eu tenho uma narrativa definida na cabeça quando escrevo, por isso pego numa música e decido exatamente qual parte da história vou contar e começo por aí. Tento não pensar tanto quanto isso. Há muito contraste (para mim pelo menos) entre as letras que de certa forma premeditei para canções e as que escrevi do zero, estas últimas parecem ser sempre as que produzem melhores resultados.

Sons Subterrâneos –  A produção do álbum “Monarchy” foi mais fácil que a do “The Conscious Seed of Light”?

Rivers of Nihil – Sim. Por várias razões. A primeira e mais óbvia é que ficámos em casa para produzir o “Monarchy”, ao contrário do “Conscious Seed” durante o qual trabalhámos em St. Peterburgo, na Florida, com o Erik Rutan (Hate Eternal, ex-Morbid Angel). Ficar em casa tornou o processo menos dispendioso, o que obviamente ajuda com o stress. Também fizemos uma boa parte das gravações nós mesmos. O Brody (guitarrista) conseguiu gravar todas as guitarras e baixo no seu estúdio em casa antes de lhes darmos mais força nos estúdios Atrium Audio. Fazer as coisas desta maneira permitiu-nos repetir as coisas até conseguirmos os resultados que queríamos, em vez de estarmos num estúdio sempre a olhar para o relógio.

Sons Subterrâneos – Como descreveriam a evolução do processo creativo da banda?

Rivers of Nihil –  Tem sido relativamente natural e seguido uma forma tradicional de escrever canções, em que tens cinco gajos numa sala a fazerem “jam” e a discutirem o que devia acontecer a seguir numa canção, como se fosse uma versão moderna de um processo de criação de demos. Custumávamos começar a escrever no nosso espaço de ensaios a experimentar riffs e a trocar ideias, depois tínhamos um dispositivo a gravar no centro da sala para o Jake (vocalista) ter algo que levar para casa e escrever letras. Mas agora que o Brody tem um estúdio a funcionar em casa, e ele também escreve bastante do material, podemos estar sentados a apreciar uma canção acabada que ele escreveu, e depois fazemos as criticas que achamos relevantes. É um processo mais simplificado e produz melhores resultados na nossa opinião.

Sons Subterrâneos – Vamos repartir a viagem da banda em três elementos: escrever material, gravar esse material e tocar ao vivo em tours. Nesse caso qual é o voso elemento favorito?

Rivers of Nihil – Eu (Jake) adoro os três elementos, no entanto, não de formas iguais. Diria que a minha parte favorita é tocar ao vivo, ver como o material funciona com uma audiência num ambiente prático e não teórico. Escrever e gravar são satisfatórias, mas nenhuma das duas tem a gratificação imediata de dar um concerto.

Sons Subterrâneos – O áudio no vídeo do YouTube para a faixa ‘(sin)chronos’ não é igual à da versão de “Temporality Unbound”, foi re-gravado só para o vídeo?

Rivers of Nihil – Sim foi. Foi gravado como uma das três músicas na demo que enviámos à Metal Blade em 2012. Esta versão da música ainda não viu a luz do dia, fora no vídeo em si, mas isso provavelmente não se vai manter assim por muito tempo.

Por: Carlos Afonso Monteiro